Campos do Jordão
Batizada de “Suíça Brasileira” do Estado de São Paulo, Campos do Jordão faz jus ao glamoroso título quando chega o inverno no Hemisfério Sul. A 1.628 metros de altitude (é o núcleo urbano mais alto do país), emoldurada pelas montanhas da Serra da Mantiqueira e pelos bosques coloridos com o amarelo dos plátanos, a cidade capricha na arquitetura típica europeia, na gastronomia que combina sabores e receitas do Velho Mundo e na programação erudita do Festival de Inverno, um dos mais conceituados do país quando o assunto é música clássica.
Em julho, todas as virtudes de Campos do Jordão ganham doses generosas de sofisticação. E, junto com elas, novidades e surpresas que podem ser traduzidas em uma estação de esqui com neve artificial, gigantescos shoppings centers e boates com validade de apenas um mês. E ainda tem o Festival de Inverno, com concertos em praças e igrejas.
Tudo fica concentrado no bairro de Vila Capivari, onde já estão reunidos badalados restaurantes, cafés, lojinhas e bares – entre eles, a choperia Baden Baden e suas disputadas mesas ao ar livre. O vai-e-vem na área começa no final da tarde e intensifica-se à medida em que a noite cai, tornando o engarrafamento de carros importados inevitável.
Para vencer o frio das madrugadas, dá-lhe fondue, lareira, chocolate quente, hot drinks e o charme da moda inverno, envolto em pashiminas e sobretudos.
Os ‘Alpes’ brasileiros, porém, também apresentam facetas rústicas. Para explorá-las, aposte nos passeios que remetem ao bucolismo das montanhas cobertas por araucárias. De teleférico, chega-se ao Morro do Elefante, que descortina vista panorâmica da cidade.
Um trem em estilo inglês conduz à cidadezinha de Santo Antônio do Pinhal passando pelo trecho de ferrovia mais alto do país. Trilhas íngremes e escadaria de ganchos levam ao topo da Pedra do Baú, o mirante oficial da região, acessível também através de cavalgadas.
Santo Antônio do Pinhal – juntamente com São Bento do Sapucaí – aliás, é uma boa pedida para fugir do agito de Capivari e respirar novos ares. A partir da Estrada dos Mello, no chamado “Triângulo das Serras”, as atrações são os sítios e fazendas que oferecem de sorveteria a restaurante, incluindo cervejarias e lojinhas de orgânicos.